31.8.06

Já em 1779, Madame du Châtelet prescrevia os ingredientes para a felicidade.

"Para sermos felizes, é preciso termo-nos desembaraçado dos preconceitos, seremos virtuosos, gozarmos de boa saúde, termos gostos e paixões, sermos susceptíveis de ter ilusões, pois devemos a maior parte dos nossos prazeres à ilusão, e infeliz daquele que a perder."

E ainda um conselho para as boas bocas:

"Não vos queixeis de serdes gulosos, pois esta paixão é uma fonte de contínuos prazeres; mas sabei servir-vos dela para a vossa felicidade: isso ser-vos-á fácil ao ficardes em casa, e ao fazer-vos servir apenas o que queirais comer: fazei períodos de dieta; se esperardes que o vosso estômago deseje com uma fome verdadeira, tudo o que se vos apresentar dar-vos-á tanto prazer quanto as iguarias mais rebuscadas, e nas quais não pensareis se não as tiverdes diante dos olhos."

Madame du Chatelêt, Discurso sobre a Felicidade

4 comentários:

Victor Figueiredo disse...

C´est vrai! (grandes verdades!)

Mushroomdeluxe disse...

E lá diz o povo: "Olhos que não vêem coração que não sente..."
Mas talvez o estômago se ressinta! Eu conheço um que sofriria.

Anónimo disse...

Então e a memória? É certo que não ver ou sentir ajuda, porém temos sempre a memória de divinais experiências gastronómicas passadas...e essas, perante refeições mais...diéteticas, podem ser particularmente dolorosas. É exactamente por isso que o míscaro tem razão...certamente haveria quem se ressentisse ;)

Anónimo disse...

O estômago-z falou, que seja feita a sua vontade...

Amen!